Suponhamos que Deus lhe chega a dizer para fazer algo que constitua um verdadeiro desafio ao seu bom-senso. Que fará com isso? Recuará? Se, no plano natural, estiver habituado a fazer algo, continuará a agir dessa mesma forma, a menos que resolva decididamente quebrar esse tal hábito. O mesmo se dá no plano espiritual: todas as vezes que se defrontar com o que Jesus Cristo quer, no momento decisivo recuará, até que se possa entregar resolutamente a ele. “Sim, mas… suponhamos que eu obedeça a Deus nesta questão; o que acontecerá com…” “Sim, eu vou obedecer a Deus se ele me deixar usar o bom-senso; mas que não me peça para dar um salto no escuro”. O que Jesus Cristo exige daquele que confia nele é o mesmo corajoso espírito que demonstra um atleta. Quem quiser fazer alguma coisa que valha a pena, em certas ocasiões, terá que arriscar tudo nesse mesmo salto; pois, no plano espiritual Jesus Cristo exige que arrisquemos tudo o que se apoia no bom-senso e saltemos na direcção que ele indica; e, assim que saltamos, vemos que o que ele diz tem tanto de lógico quanto o bom-senso. No foro do bom-senso, as afirmações de Jesus Cristo podem parecer insensatas; mas, se as transferirmos para o foro da fé, descobriremos, para nosso espanto, que elas são as próprias palavras de Deus.
Confie totalmente em Deus e quando ele o chamar para correr algum risco, enfrente-o e confronte-o. Na hora da crise, agimos como pagãos; apenas um entre uma multidão de cristãos, é suficientemente ousado para apostar sua vida e fé no carácter de Deus.