Somos muito dados a pensar na cruz como uma experiência pela qual somos obrigados a passar; mas só passamos pela experiência a fim de nos identificarmos com aquilo que essa cruz pode significar para todos nós. A cruz, para nós, representa apenas uma coisa — completa, total e absoluta identificação com o Senhor Jesus Cristo; e não há aspecto nenhum onde essa identificação se concretize mais e melhor do que a oração.
“O vosso Pai sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais”, Mat.6:8. Então, por que vamos pedir? O propósito da oração não é obter bênçãos de Deus; orar é entrar em perfeita e total sintonia numa união que nos identifica com o próprio carácter de Deus. Se oramos porque desejamos bênçãos, terminaremos irritados contra Deus. Ele responde todas as vezes que oramos, mas nem sempre responde como desejamos e nossa irritação só revela a nossa própria recusa em nos identificarmos com o Senhor na oração. Não estamos aqui para provar que Deus responde à oração; estamos aqui para sermos monumentos vivos da própria graça de Deus.
“E não vos digo que rogarei ao Pai por vós, porque o próprio Pai vos ama”. Você já alcançou uma tal intimidade com Deus que a vida de oração do Senhor Jesus Cristo é a única definição de sua própria vida de oração? Será que a vida vital e vitalícia do Senhor se tornou uma fonte inesgotável de vida para si também? “Naquele dia” você estará tão identificado com Jesus, que não haverá mais nenhuma diferença entre os dois.
Quando a oração parece não ser respondida, cuidado para não jogar a culpa sobre alguém. Isso é sempre uma armadilha de Satanás sobre si mesmo. Você descobrirá depois que por trás disso existe uma razão que encerra um profundo ensinamento exclusivamente para si a qualquer momento.