Se de facto o Filho de que Deus nasceu em meu corpo mortal, será que a sua inocência santa, simplicidade e unidade com o Pai estão tendo oportunidade de manifestar-se em mim do mesmo jeito? O que aconteceu com a virgem Maria na histórica introdução do Filho de Deus nesta terra acontece com cada cristão em exclusivo. O Filho de Deus nasce em mim por actuação directa de Deus; então, como filho de Deus, tenho que exercer esse direito de filho, de estar sempre face a face com meu Pai e não apenas quando posso. Estarei sempre perguntando, maravilhado, para mim mesmo: “Por que meu bom-senso quer me desviar agora? Ele não sabe que me cumpre estar na casa de meu Pai? Luc.2:49” Sejam quais forem as circunstâncias que o levem a pensar assim, esse Filho santo e inocente deve estar em contacto permanente com seu Pai dentro de si.
Será que sou suficientemente simples para me poder identificar dessa maneira com meu Senhor? Estará ele conseguindo fazer cumprir sua maravilhosa vontade dentro da minha vida? Está dando para Deus perceber que seu Filho está sendo formado em mim, Gal.4:19 ou será que o coloquei deliberadamente de lado? Ah, que clamor o destes dias! Todos estão clamando — o quê? Que o Filho de Deus seja levado à morte. Não há lugar aqui para o Filho de Deus, não há tempo para uma comunhão tranquila com o Pai dentro de cada homem aqui.
Está o Filho de Deus orando através de mim, ou eu é que lhe estou dando ordens? Será que ele está operante através de mim como o era durante sua vida aqui? Será que o Filho de Deus está operando em mim a sua paixão para que se cumpram todos os seus propósitos? Quanto mais sabemos da vida interior dos mais experimentados servos de Deus, melhor entendemos qual é o propósito de Deus em todos os sentidos — “preencher o que resta das aflições de Cristo”, Col.1:24. Há sempre algo mais a ser feito nesta coisa de “preencher o que falta”.