A voz do Espírito é suave como uma leve brisa de verão, tão suave que, se não estiver vivendo em perfeita comunhão com Deus, jamais a reconhecerá. Quando o Espírito chama nossa atenção, fá-lo de maneira tão extraordinariamente branda, que, se não formos suficientemente sensíveis para discernir-lhe essa voz, nós a apagaremos e nossa vida espiritual será prejudicada grandemente. As advertências dele vêm sempre como um cicio tranquilo e suave, tão suave que ninguém os percebe, a não ser a pessoa que é espiritual.
Ao dar seu testemunho pessoal tenha cuidado para não se referir apenas ao passado: “Certa vez, há muitos anos atrás, fui salvo”. Se você está caminhando na luz, não haverá nenhuma necessidade de fazer referência ao passado, pois ele está incorporado à maravilha actual de sua comunhão com Deus. Se você se afastar dessa luz, tornar-se-á um cristão sentimental, que vive de recordações e seu testemunho terá um timbre metálico, desagradável e seco. Cuidado para não ficar remendando uma presente recusa em caminhar na luz com pedaços de recordações passadas dos tempos quando ainda andava na luz. Sempre que o Espírito chamar sua atenção, pare e corrija logo o erro, senão continuará a entristecê-lo sem saber que o faz.
Suponhamos que Deus o tenha levado à porta de uma crise na sua experiência espiritual e você quase passou por ela, mas depois recuou. Ele engendrará de novo a crise, mas ela não será tão forte quanto antes. Haverá menos discernimento e mais humilhação por não Lhe haver obedecido; e se continuar a entristecer o Espírito, chegará a hora quando a crise não mais se repetirá, pois você terá magoado tanto o Espírito que ele se afastou de vez. Mas, se você passar vitorioso pela crise, então soarão louvores a Deus. Nunca tenha pena de remover algo que esteja ferindo a Deus. Ê Deus quem tem que ferir aquilo que deve ser afastado das nossas vidas.