Corremos o perigo de buscar a Deus com o intuito de “negociar” com ele; queremos o testemunho dele em nós mesmo antes de fazermos o que Deus nos mandou.
Por que razão Deus não se manifesta a si? Ele não pode; não é que não o queira, mas não pode porque, enquanto não se entregar incondicionalmente e totalmente a ele, estará impedindo o Senhor de ser manifesto dentro de si. Assim que o fazemos, Deus dará testemunho de si mesmo logo ali; ele não dará testemunho sobre nós, mas testifica instantaneamente de sua própria natureza por (através de) nós. Se recebêssemos o testemunho antes de experimentarmos a realidade, isso resultaria em sentimentalismo e nunca em obra. Assim que pararmos com a impertinência de contestar a Deus para não o obedecermos para agirmos com base na redenção que ele ainda faz, ele dará seu testemunho logo ali. Assim que deixamos de raciocinar e argumentar, Deus dá testemunho do que ele já fez e nos espantamos ante a nossa impertinência por tê-lo ainda feito esperar por nós. Caso você esteja em dúvida se Deus pode libertá-lo do pecado ou não, de duas, uma — deixe-o fazê-lo, ou diga-lhe que não é capaz. Não fique citando as palavras dessa ou daquela pessoa; experimente Mat.11.28: “Vinde a mim todos os que estais sobrecarregados e oprimidos…”. Vá, se estiver cansado e sobrecarregado e peça se sabe como você é mau, Luc.11:9-13.
O Espírito de Deus não testemunha de mais nada a não ser da redenção do Senhor em nós e fá-lo sempre em e com meu espírito; ele não pode testificar com nossa razão. A simplicidade de nossas decisões naturais pode ser confundida com o testemunho do Espírito Santo, mas o Espírito só dá testemunho de sua própria natureza e da obra da redenção efectivada dentro de nós. Se estivermos tentando fazer com que ele testifique à nossa razão, não é de admirar que estejamos sempre em trevas absolutas e em confusão total. Lance tudo para dentro do mar, confie em Deus e será ele que dará Seu próprio testemunho a si.