Eu não sou salvo porque creio; entendo, através do ato de crer, que sou salvo. Não é o arrependimento que me salva; o arrependimento é o sinal de que reconheço o que Deus realizou através de Cristo Jesus. O perigo subsiste sempre que se coloca a ênfase no efeito e o retiramos da causa. É a minha obediência que me justifica diante de Deus, ou a minha consagração? Nem uma coisa nem outra! Estou justificado perante Deus porque, antes de mais nada, Cristo morreu – sou tornado justo através de Cristo em mim. Quando me volto para Deus e, pela fé, aceito o que Deus revela que posso aceitar dele, passo imediatamente a estar corretamente relacionado com Deus pela maravilhosa expiação que Jesus Cristo fez e faz; e, através do milagre sobrenatural da graça de Deus, sou justificado, não porque me entristeço pelo meu pecado, não porque me arrependi, mas por causa do que Jesus fez em mim. O Espírito de Deus revela-me isso com uma clareza total, penetrante e passo a saber que estou salvo, embora não saiba como sei.
A salvação de Deus não se baseia em qualquer lógica humana; baseia-se na morte sacrificial do Senhor Jesus. Devido à expiação do nosso Senhor poderemos nascer de novo. Os pecadores podem ser transformados em novas criaturas, não pelo seu próprio arrependimento nem por sua fé, mas pela obra maravilhosa de Deus em Cristo Jesus, que antecede todas essas experiências. A inexpugnável segurança da justificação e da santificação é o próprio Deus. Não temos que operar essas coisas em nós mesmos; elas foram operadas através da expiação. O sobrenatural torna-se natural através dum milagre de Deus; então surge a compreensão do que Jesus Cristo já fez e se diz também: “Está consumado”.