A ideia atual sobre a morte de Jesus Cristo é que ele morreu por todos os nossos pecados por pena de nós. O que o Novo Testamento nos manifesta é que ele carregou os nossos pecados, não por compaixão, mas por identificação pessoal. Ele foi “feito pecado” por nós. Nossos pecados são removidos por causa da morte de Jesus e a base da sua morte é a sua obediência ao Pai, não a compaixão que teve por nós. Tornamo-nos aceitáveis a Deus, não porque obedecemos, ou porque prometemos renunciar a certas coisas, mas por causa da morte de Cristo que nos torna obedientes e nada mais. Dizemos que Jesus Cristo veio para revelar a paternidade ou a benignidade de Deus para conosco; o Novo Testamento diz que ele veio para tirar o pecado do mundo e de nós, João 1:29. Esta revelação do Pai é feita àqueles a quem ele for apresentado como Salvador disso mesmo. Jesus Cristo nunca falou de si mesmo como alguém que revelava o Pai; mas como pedra de tropeço, João 15.22-24. A mensagem de João 14.9 onde o Pai é apresentado como Pai, foi dirigida a quem já era discípulo.
O Novo Testamento também nunca afirma que, através do facto de peso de Cristo ter morrido por mim, eu me ache totalmente livre da penalidade sobre qualquer pecado. O que ele ensina é que “Ele morreu por todos”, 2Cor.5:15 (não que ele morreu a minha morte) e que mediante a identificação com o tipo de morte que ele morreu – morrendo para o pecado – posso ser liberto do pecado e receber a sua própria justiça dentro de mim. A substituição ensinada no Novo Testamento é dupla: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus”. O ensino verdadeiro nunca será “Cristo para mim”, a menos que eu me decida a permitir que Cristo seja formado em mim também, Gal.4:19.