Para que você seja usado e útil para Deus, ele o irá conduzir por múltiplas experiências que não se destinam a si propriamente; destinam-se a torná-lo útil em suas mãos e a capacitá-lo para compreender o que se passa com outras pessoas também, para que você, assim, nunca se surpreenda com o que vier a encontrar. Oh, eu não posso ajudar aquela pessoa. Por que não? Deus lhe deu amplas oportunidades de passar pela mesma experiência que ela e você fugiu dela porque lhe parecia uma tolice e uma perda de tempo.
Os sofrimentos de Cristo não são iguais aos dos homens. Ele sofreu “segundo a vontade de Deus”, não do mesmo jeito que sofremos, como indivíduos. Só quando estamos unidos com Jesus Cristo é que podemos entender o verdadeiro propósito de Deus nas experiências que ele nos permite. Entender a conviver com o propósito dele insere-se na cultura cristã e será algo do que não nos poderemos separar. Na história da Igreja, a tendência tem sido evitar uma identificação com os sofrimentos de Jesus Cristo por nós; os cristãos têm procurado cumprir a ordem de Deus através de atalhos que consideram serem mais fáceis. O caminho de Deus é sempre o do sofrimento, o caminho da longa jornada do porquê que as pessoas sofrem sem ele.
Será que somos coparticipantes dos sofrimentos de Cristo? Estamos dispostos a permitir que Deus elimine nossos anseios pessoais, destruindo nossas determinações através duma transfiguração real e realista em termos celestiais? Isso não quer dizer necessariamente que vamos entender por que Deus nos está para levar através de um ou outro caminho ainda, pois tal entendimento nos tornaria espiritualmente presunçosos e promíscuos. Não percebemos, naquela hora, o que Deus nos quer fazer passar; passamos por certas experiências básicas sem as entender muito bem. Mas, após isso compreendemos tudo e exclamamos: “Deus me cingiu e fortaleceu, embora eu não me apercebesse do que estava fazendo”.