Após a santificação será sempre algo difícil poder afirmar qual o nosso alvo na vida, porque Deus, através do Espírito Santo, nos tem feito penetrar no propósito dele, o qual já é sabido dele; agora ele está a fazer uso de nós para realizar seus propósitos em todo o mundo, como usou o seu Filho com o propósito de efetuar a salvação em nós. Se buscarmos grandes coisas para nós mesmos — “Deus me chamou para fazer isso ou aquilo” — estaremos impedindo o que Deus quer fazer conosco. Enquanto estivermos buscando nossos interesses pessoais, ou um determinado objetivo, não conseguiremos identificar-nos com os interesses de Deus em nós. Só o alcançaremos se abandonarmos para sempre nossos sonhos de grandeza, permitindo que Deus nos faça penetrar no propósito que ele tem para o mundo; e como nossos caminhos serão determinados pelo Senhor, nem sempre poderemos entendê-los muito bem.
Precisamos aprender que o alvo que destina toda a nossa vida vem de Deus e não de nossa própria vontade. Deus está nos usando de acordo com o propósito dele e tudo o que ele nos pede é que confiemos nele, sem nunca nos queixarmos: “Senhor, isto faz-me sofrer!” Falando assim tornamo-nos um entrave e não uma bênção. Quando paramos de exigir de Deus o que queremos, ele nos usará para o que ele desejar, sem impedimentos que fazem tropeçar. Poderá humilhar-nos ou exaltar-nos; poderá fazer conosco o que entender. Ele, tão-somente nos pede que confiemos de forma implícita na sua pessoa e na sua bondade. A autoconsideração nasce no diabo e caso nos deixemos envolver por ela, não poderemos ser usados de Deus nos seus propósitos para o mundo: estamos vivendo em nosso mundo privado e particular, de onde Deus nunca nos pode tirar porque temos medo de ser “machucados”.