A individualidade é a casca dura à volta da individualidade e daquela vida pessoal. Isola-se e não permite que se lhe toque. É uma característica acriançada e com razão; mas, se confundirmos individualidade com vida pessoal, ficaremos isolados de tudo que tem valor também. Essa casca de individualidade é um invólucro natural criado por Deus para a protecção de nossa vida individual, espiritual e caracteristicamente pessoal; contudo a individualidade tem que se romper para que a vida pessoal possa desabrochar e entrar dentro duma comunhão individual e pessoal com Deus. Confundimos individualidade com espiritualidade, assim como confundimos lascívia com amor. Deus criou a natureza humana para ele mesmo; a individualidade degrada a natureza humana fazendo-a subsistir e existir só para si mesma.
As características da individualidade são independência e auto-afirmação. O que mais atrapalha nossa vida espiritual é a constante auto-afirmação de nossa individualidade pessoal e individual. Quando teima em dizer: “Não consigo crer”, é a individualidade que está por ali entrelaçada; a individualidade nunca consegue crer. Mas o nosso espírito não pode deixar de crer. Cuide-se quando o Espírito de Deus estiver em acção dentro de si. Ele o empurrará para as margens da sua individualidade; e você terá duas opções: dizer “não!” ou render-se e quebrar a casca da sua individualidade protectora para permitir que a vida pessoal surja e irrompa de dentro de si. O Espírito Santo sempre nos apontará essa como única questão, Mat.5.23,24. O que me impede de me reconciliar com meu irmão é a minha individualidade pessoal. Deus quer levá-lo a uma união de facto só com ele, mas, a menos que você se disponha a renunciar a todos os seus direitos sobre si, ele não poderá vir a fazê-lo. “Negue-se a si mesmo ” — negue o seu direito independentista para que toda a sua vida verdadeira tenha aquela oportunidade de vir a crescer.