Deus dificilmente nos fala de forma extraordinária; ele usa os módulos mais simples os quais podem facilmente ser mal compreendidos; e então estamos questionando: “Será que é a voz de Deus mesmo?” Isaías disse: O Senhor me falava “tendo forte a mão sobre mim”; ou seja, pela pressão das circunstâncias. Nada perturba mais tocando nossa vida do que o próprio Deus. Será que discernimos a sua mão sobre nós, ou vemos tudo apenas como meras ocorrências?
Cultive esse hábito bendito de poder dizer: “Fala, Senhor”; e toda a sua vida se tornará uma verdadeira história de amor. Sempre que as circunstâncias o pressionarem, permita-se dizer: “Fala, Senhor”; e depois pare para prestar mais atenção. A correção é mais do que um mecanismo de disciplina; ela visa obrigar-me a dizer: “Fala, Senhor”. Tente também recordar-se de alguma ocasião pela qual Deus lhe falou; será que já se esqueceu do que ele disse? Teria sido em Luc.11.13, ou foi em 1 Tes.5.23? Quando prestamos atenção, nosso ouvido se aguça e, como Jesus, ouvimos Deus incessantemente.
Deverei contar ao meu “Eli” o que Deus me falou? É aí que entra o dilema da obediência. Desobedecemos a Deus fazendo de providência divina muitas vezes. “Preciso proteger e cobrir por Eli”; “Eli” são as pessoas que melhor conhecemos. Deus não ordenou a Samuel que contasse a visão a Eli; ele teve que decidir isso por ele mesmo. O chamamento de Deus dirigido a si poderá vir a magoar o seu “Eli” preferido, mas, caso tente impedir o sofrimento de outrem por sua causa, isso virá a tornar-se um obstáculo à sua alma para com Deus. Se poupar outra pessoa de “amputar a mão direita” ou de “arrancar o olho direito”, também você correrá sérios riscos.
Nunca peça o conselho de outros sobre algo que Deus quer que decida diante dele a sós. Se pedir conselho a outro que não a Ele, quase sempre ficará do lado de Satanás. “Não consultei carne e sangue”, Gal.1:16.