Jesus não nos pede que morramos por ele, mas que demos a vida para ele. Pedro disse: “Por ti darei a própria vida” e disse para valer; seu sentido de heroísmo era magnífico. Ai de nós se formos incapazes de fazer uma declaração como a que Pedro fez aqui ao Senhor. Só se percebe o sentido do dever através deste tipo de heroísmo. Alguma vez o Senhor lhe perguntou: “Darás a tua vida por mim?” É muito mais fácil morrer do que dar a vida, diariamente, com a convicção de um chamado divino. Não fomos feitos para os momentos de glória, mas temos que caminhar à luz deles em toda a nossa vida diária. Houve um único momento de glória na vida de Jesus no Monte da Transfiguração; depois, ele se esvaziou pela segunda vez da sua glória e desceu para se encontrar com o demónio no vale, Marcos 9:1-29. Durante trinta e três anos Jesus deu sua vida para fazer a vontade do Pai; e João diz: “Devemos dar nossa vida pelos irmãos”, 1 João 3:16, embora fazer isso seja contrário à própria natureza humana.
Se sou amigo de Jesus, tenho que dar minha vida por ele, com responsabilidade e deliberação. Isso é difícil, mas graças a Deus que é difícil. A salvação é fácil porque custou muito para Deus, mas a manifestação dela em minha vida torna-se difícil. Deus salva uma pessoa, unge-a com o Espírito Santo e depois lhe diz: “Agora desenvolva a sua salvação; seja leal a mim, mesmo embora a influência de tudo que o cerca o induza a ser desleal”. “Tenho vos chamado amigos”. Permaneça leal ao seu amigo, para se lembrar de que a honra dele está empenhada e penhorada em sua vida terrena.