Através de que direito nos tornamos em “sacerdócio real”? Pelos direitos da expiação. Estaremos preparados para nos desconsideramos a nós próprios para nos lançarmos ao trabalho sacerdotal da intercessão? Aquele incessante auto-exame de nosso íntimo para ver se somos como deveríamos ser, gera um tipo de cristianismo mórbido e egocêntrico e nunca uma vida robusta e simples de um filho de Deus. Enquanto não entrarmos num relacionamento certo com Deus, viveremos como que pendurados por num fio e diremos: “Que maravilhosa vitória alcancei!” Não há nisso nada que demonstre que o milagre da redenção se realizou. Creia de todo o coração que a redenção está completa e não se preocupe mais consigo próprio, mas antes comece a fazer o que Jesus Cristo mandou — ore pelo amigo que vem procurá-lo à meia-noite, ore pelos irmãos em Cristo, ore por todos os homens. Ore sabendo que você só é perfeito em Cristo Jesus e não quando se baseia nesse tipo de súplica: “Oh, Senhor, eu fiz o melhor que podia, por favor, ouve-me!”
Quanto tempo Deus irá levar para nos poder libertar do mórbido hábito de pensarmos em nós próprios ainda? Precisamos de nos enjoar de nós mesmos, até que não haja mais nenhuma surpresa diante de qualquer coisa que Deus possa dizer a nosso respeito. Nossa impiedade é tão profunda que nunca chegaremos ao fundo do conhecimento dela. Existe apenas uma posição na qual somos retos — em Cristo Jesus. Sempre que estivermos ali, temos que nos “derramar” em intercessão, com o máximo de esforço, nesse “ministério da Vida interior”.