Paulo era um erudito de primeira linha e um excelente orador. Ele não fala aqui movido por uma falsa humildade, mas antes afirmava que, se ao pregar o evangelho tentasse impressionar as pessoas com “ostentação da sua linguagem”, ocultaria o poder de Deus. O crer em Jesus é um milagre produzido apenas pela eficácia na redenção e não por uma linguagem comovente e convincente, nem por persuasão de palavras bonitas, mas unicamente pelo que acontece através do poder de Deus. O poder criador da redenção ao manifestar-se através da pregação do evangelho, nunca será por causa da personalidade do pregador.
O verdadeiro jejum que o pregador pode fazer não é abster-se de alimentos, mas antes da eloquência, de fala convincente e de dicção que impressiona — de tudo que possa impedir que o evangelho de Deus seja apresentado tal qual ele é. O pregador está ali como o representante de Deus: “Como se Deus exortasse por nosso meio”, 2Cor.5:20. Ele está ali para apresentar o evangelho de Deus e não almejando meros ideais humanos. Se for somente por causa de minha pregação que as pessoas desejam tornar-se melhores, elas jamais se aproximarão de Jesus Cristo. Tudo o que houver em minha pregação que resulte em louvor para mim acabará por transformar-me num traidor de Jesus; estarei impedindo a operação do poder criativo de sua redenção?
“E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo”, João 12:32.