Jesus não disse: “Quem crer em mim alcançará a bênção da plenitude de Deus”, mas antes, “Aquele que crer em mim, de seu interior fluirá tudo quanto recebe”. O ensinamento do Senhor é sempre anti-realização pessoal. Seu objetivo não é o mero desenvolvimento dum ser humano, mas antes tornar cada pessoa exatamente como ele é — e a principal característica do Filho de Deus é o auto-sacrifício. Se cremos em Jesus, o que conta não é o que ganhamos, mas o que ele pode transmitir a outros através de nós. O que importa não é que Deus faça de nós belas uvas, mas que ele nos esprema e extraia de nós todo o suco. Espiritualmente, não podemos medir nossa vida pelo sucesso que obtemos, mas apenas pelo que Deus passa aos outros através de nós — e isso não é possível de ser medido nem quantificado.
Quando Maria de Betânia quebrou o vaso de bálsamo precioso e caro e derramou seu conteúdo e cheiro sobre a cabeça de Jesus, isso foi um ato que mais ninguém ali presente achou necessário fazê-lo; os discípulos disseram que havia sido um desperdício. Mas Jesus elogiou Maria pelo seu extravagante ato devocional, dizendo mesmo que onde quer que o Seu evangelho fosse pregado seria “também contado o que ela fez, em memória sua”. O Senhor fica extasiado de alegria quando vê algum de nós fazer o que Maria fez, sem se preocupar com esta ou aquela economia, mas consagrando-se totalmente a ele. Deus derramou a vida de seu Filho para que o mundo pudesse ser salvo por ele; estaremos preparados para derramar nossa vida por ele também?
“Quem crer em mim… do seu interior fluirão rios de água viva” — centenas de outras vidas serão continuamente revigoradas através disso. Está na hora de “quebrarmos” nossa vida, de pararmos de ansiar por satisfação pessoal e contínua, para nos extravasarmos e derramarmos. Estará o Senhor está perguntando qual de nós poderá fazer isso por ele?