Que é que tem sido para si, nestes últimos dias, como água do poço de Belém — amor, amizade, bênçãos espirituais? Então, expondo sua alma a perigos, você se saciará com ela. Se o fizer, não poderá derramá-la diante do Senhor por causa disso. Você nunca poderá consagrar a Deus aquilo com que anseia vir a saciar-se a si mesmo. Se você se satisfaz com uma bênção de Deus, ela o corromperá; você terá que sacrificá-la, derramá-la, fazer com ela algo que o bom-senso diz ser um desperdício absoluto. Como poderei derramar como libação ao Senhor coisas como o amor natural ou bênçãos espirituais? De uma única maneira — com uma determinação de minha vontade. Existem certos gestos de outras pessoas que nós nunca aceitaríamos se não conhecêssemos Deus, porque foge às forças humanas retribui-los. Mas, assim que admito: “Isso é grande e digno demais para mim, não pode absolutamente ser empregado e aplicado sobre um ser humano, por essa razão devo antes derramá-lo como libação ao Senhor”; então tudo aquilo se transformará em rios de água viva para quantos nos rodeiam. Enquanto eu não derramar todas essas coisas diante do Senhor, elas porão em perigo tanto meus entes queridos, quanto a mim mesmo, porque se transformarão em cobiça e em pecado. Podemos ser cobiçosos com coisas que não são nem sórdidas nem más na aparência. O amor tem que passar pela transfiguração e ser derramado em libação ao Senhor exclusivamente.
Se você tem-se tornado amargurado e irritado, é porque Deus lhe deu uma bênção e você a agarrou para si mesmo em vez de derramá-la diante dele; a passo que, se a tivesse derramado em libação ao Senhor, ter-se-ia tornado a pessoa mais dócil sobre a terra. Se está sempre a guardar as bênçãos para si e nunca as derrama em libação ao Senhor, as outras pessoas não terão seu horizonte alargado através de si.