“Vigiai comigo” — sem nenhuma perspectiva particular, mas vigiai exclusivamente comigo e por mim. No início da nossa vida espiritual, não vigiamos com Jesus; vigiamos sobre a sua chegada. Não vigiamos com ele através da revelação da Bíblia, nem nas circunstâncias de nossa vida. Agora, porém, o Senhor tenta iniciar-nos na identificação com ele num Getsêmani pessoal, mas resistimos e replicamos: “Não, Senhor, não consigo entender o sentido disto tudo; é muito penoso”. Como podemos vigiar com alguém que é inescrutável? Como iremos compreender Jesus o suficiente para vigiar com ele em seu Getsêmani, quando não sabemos sequer por que ele está sofrendo? Não sabemos vigiar com ele; estamos acostumados apenas à ideia de ter Jesus vigiando conosco.
Os discípulos amavam Jesus Cristo até aqueles limites da capacidade natural que possuíam; mas não compreendiam o que ele pretendia com eles ali. No jardim de Getsêmani, dormiram por causa da tristeza que sentiam e, naquele dia, após três anos de estreita intimidade com ele, “todos, deixando-o, fugiram”.
“Todos ficaram cheios do Espírito Santo” — os mesmos “eles”, mas, nesse meio tempo, algo extremamente maravilhoso havia acontecido — a morte, a ressurreição e a ascensão do Senhor; e os discípulos foram cheios do Espírito Santo. O Senhor havia dito: “Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo” e isso significaria que eles aprenderiam a vigiar com ele para resto das suas vidas terrenas.