Gostamos de pensar que um dia estaremos perfeitos e prontos para toa a boa obra, mas a preparação não é uma posição de alcançar de uma hora para outra; é um processo que precisa ser firmemente mantido e impenetrável até ao seu fim. É perigoso acomodarmo-nos numa experiência qualquer. O que é preciso é preparação e mais preparação até estarmos preparados.
O sentido de sacrifício tem muitas coisas atraentes para um recém-convertido. Humanamente falando, o que nos atrai para Jesus Cristo é o nosso desejo de heroísmo e a sondagem que essas palavras do Senhor fazem em todos nós, colocam à prova essa maré de entusiasmo que desponta para o nada. “Vai primeiro reconciliar-te com teu irmão”. O “vai” da preparação consiste em deixarmos que a Palavra de Deus faça uma sondagem em nosso coração a ver o que está lá. O sensacionalismo de todo sacrifício heróico não é suficiente para sermos heróis. O Espírito Santo detecta então em nós essa disposição que obterá qualquer lugar na obra de Deus. Ninguém, a não ser Deus, pode detectar essa disposição em cada um de nós. Você tem alguma coisa a esconder de Deus? Nesse caso, deixe que Deus o sonde com sua luz intensa. Se houver pecado, confesse-o; não o admita apenas – confesse-o como tal. Você está disposto a obedecer ao seu Senhor e Mestre, seja qual for a humilhação imposta sobre seus direitos e sobre si mesmo? Nunca rejeite uma convicção de nada. Se ela é suficientemente importante para que o Espírito de Deus a traga à sua lembrança, é porque se trata de algo que ele está detectando em si. Você poderá estar pensando em renunciar a algo importante, quando o que Deus mais deseja no momento é falar-lhe de uma coisa que a si lhe parece insignificante; porque, por trás dela ergue-se a fortaleza fulcral de toda a obstinação: não renunciarei aos meus direitos sobre mim! E é exatamente isso o que Deus exige que você lhe entregue, se é que pretende ser discípulo de Jesus Cristo após isso ainda.