Se, ao aproximar-se de qualquer altar e ali se lembrar de que seu irmão tem alguma coisa contra si ainda — não se, movido por uma sensibilidade mórbida, consegue ainda trazer alguma coisa à superfície, mas “se te lembrares”, ou seja, se aquilo foi trazido à sua memória pelo Espírito de Deus — “vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e depois, voltando então, faz a tua oferta”. Nunca resista à convicção sensível do Espírito de Deus quando ele o estiver corrigindo, até nos detalhes mínimos e mais inóspitos.
“Reconcilia-te primeiro com teu irmão…” A instrução do Senhor na verdade é assim: “Reconcilia-te primeiro e pronto. Volta pelo mesmo caminho por onde passaste antes, o que te foi indicado através daquela primeira convicção que recebeste ao aproximar-se do teu altar preferido; assume uma atitude em relação àquele que tem algo contra ti pessoalmente, para que a reconciliação se torne tão natural como teu respirar é para ti ainda”. Jesus não menciona a outra pessoa, ele diz: “Vai tu”. Os seus direitos não são levados em conta. O que caracteriza o discípulo é que ele é capaz de abrir mão de seus próprios direitos e obedecer ao Senhor Jesus incondicionalmente, seja no que for.
“E então, voltando, faz a tua oferta”. O processo está claramente indicado e delineado para si. Primeiro, o espírito heróico de auto-sacrifício; depois o toque do Espírito Santo e então uma parada no “ponto de convicção”; em seguida, obediência à Palavra de Deus, assumindo uma atitude irrepreensível em relação àquele com quem você tinha um desentendimento ou afeição menos boa; por fim, a entrega alegre e simples de sua oferta a Deus depois de tudo isso haver acontecido, sem mais nenhum obstáculo a impedir que sua vida seja colocada no altar para ali ser queimada e consumida para Deus.