Deveríamos estar em tal uníssono e união com Deus que não deveria haver qualquer pensamento ou necessidade sequer de estarmos a pedir a orientação dele vezes sem conta. Santificação significa que somos feitos filhos de Deus; a atitude normal do filho é a obediência ao Pai de dentro de seu ser e não em suas resoluções. Quando ele resolve desobedecer, sua consciência o acusa na hora devido a sua natureza interior. No campo espiritual, essa acusação intuitiva é a advertência do Espírito de Deus, sendo iluminada por ele ali. Quando ele nos dá esse “sinal”, temos que parar logo ali e ser renovados em nossa mente e forma de pensar, a fim de sabermos qual é a vontade de Deus sobre esse dado momento. Se já nascemos de novo pelo Espírito de Deus, é um contra-senso estar a pedir a Deus de forma ininterrupta e inconstante que nos esteja a guiar ainda. “O Senhor me guiou”; e analisando depois o que aconteceu, perceberemos que houve um maravilhoso desígnio que, como filhos de Deus, Lhe creditaremos.
Todos nós conseguimos ver a Deus naquelas coisas que são excepcionais; mas será necessário uma maior maturidade espiritual para podermos ver Deus nos mínimos detalhes de nossa existência. Não aceite nenhum evento de nenhuma outra forma, senão como um propósito de Deus; e procure ver em qualquer evento da vida os desígnios divinos para si.
Tenha cuidado para não idolatrar sua fidelidade às suas convicções, em vez de ser dedicado a Deus exclusivamente. “Nunca farei isso”. Existem muitas probabilidades de você passar por “isto ou aquilo”, caso seja ainda um servo de Deus. Nunca houve na terra ser mais incoerente do que nosso Senhor Jesus Cristo; contudo, ele nunca foi incoerente para com o nosso Pai. Temos que ser fiéis à vida de Deus em nós e nunca a um princípio de nossa doutrina ou autoria. Será esta a vida em nós que nos vai identificar e esclarecer cada dia mais sobre quais são os propósitos de Deus para nós. É mais fácil tornar-se fanático do que servo fiel e simples, porque ser leal a Deus não nos glorifica e fere definitiva e principalmente a nossa vaidade religiosa.