Não se deixe levar pela ideia de que as coisas superficiais da vida não são ordenadas por Deus e para Deus; elas são de Deus tanto quanto as coisas profundas e enraizadas. Não é a sua dedicação a Deus que o leva a não querer ser superficial, mas antes aquele desejo de impressionar os outros com o fato de que você não é superficial — sinal evidente de que você é presunçoso e irreal ainda. Cuidado para não cultivar desprezo aos outros, sendo esse desprezo um produto da presunção e que faz com que você ostente sua “profundidade” para mostrar aos outros o quanto eles são superficiais. Evite passar como a pessoa profunda deste planeta; Deus se fez bebé.
Ser superficial não significa ser-se mau, nem indica a inexistência de profundidade nesta vida; o oceano profundo tem suas praias todas. As coisas superficiais desta vida: comer e beber, passear e conversar, são todos determinados por Deus também. São coisas que Jesus fazia e as fazia ainda como Filho de Deus e ele disse que “o discípulo não está acima do seu Mestre”, Mat.10:24.
Nossa salvaguarda está em fazer as coisas superficiais também. Temos que viver no meio delas de forma sensata e perspicaz. Deus nos dará as coisas mais profundas tanto quanto as que nos são superficiais. Nunca exponha as profundezas a ninguém, a não ser a Deus. Às vezes, somos tão sérios, tão excessivamente zelosos com nossa “imagem”, que nos recusamos a comportar-nos como cristãos nas coisas corriqueiras desta vida corrente. Tome a firme decisão de não levar ninguém a sério, a não ser Deus; e a primeira pessoa de quem você terá de saber descartar-se — por ser o maior embusteiro e maior fraude que já conheceu — será você mesmo.