Precisamos ter bastante cautela, não tanto com o que possa prejudicar a nossa fé em Deus, mas maioritariamente com aquilo que pode prejudicar nossa atitude em Deus. “Portanto guardai-vos em vosso espírito e não sejais desleais”, Mal.2:16. Qualquer atitude errada tem efeitos tremendamente nocivos e maléficos; ela é a inimiga principal que penetra diretamente na alma e desvia de Deus a nossa mente fazendo pensar que não. Existem certas atitudes às quais nunca deveremos nos entregar pela displicência. Caso o façamos, descobriremos que elas nos desviam da confiança que há em Deus; e, enquanto não voltarmos a nos aquietar só diante dele, nossa fé será uma nulidade autêntica e nossa confiança na carne e no engenho humano crescerão e serão o fator que predominará.
Acautele-se contra “os cuidados deste mundo”, Marc.4:19, porque serão eles que produzirão a maioria dessas atitudes erradas. É impressionante notar como as coisas simples têm uma enorme capacidade de desviar nossa atenção de Deus em vez de fazer-nos fitá-lo ainda melhor. Não se permita a veleidade de ser sufocado pelos cuidados das suas circunstâncias de vida.
Outra coisa que desvia nossa atenção, será aquele desejo intrínseco de nos justificarmos diante de todos. Santo Agostinho orava: “Ó Senhor, livra-me deste impulso de me estar sempre a justificar e defender”. Essa atitude destrói nossa fé em Deus por completo. “Eu preciso explicar-me; preciso fazer com que as pessoas me entendam”. O Senhor não se justificava; ele deixava que o mal-entendido se corrigisse por ele mesmo.
Quando percebemos que alguém não está crescendo espiritualmente e permitimos que essa nossa descoberta se transforme em crítica moral contra tal pessoa, bloqueamos nosso próprio relacionamento com Deus e com essa pessoa também. Deus nunca nos dá esse tipo de discernimento para que possamos criticar, mas antes para que possamos interceder e revalidar nossa comunhão com Ele.