Todos os movimentos de santidade atuais fogem em todos os seus aspectos cruciais daquela rigorosa realidade do Novo Testamento. Não há neles nada que precise com exatidão todo o valor da morte do Senhor Jesus Cristo; tudo o que se exige é uma atmosfera de religiosidade, oração e devoção e nada mais que isso. Esse tipo de experiência não é sobrenatural, nem miraculoso, nem nada real, pois não custou o sofrimento de Deus em nós, não foi tingido pelo “sangue do Cordeiro”, Apoc.12:11, nem carimbado com a marca do Espírito Santo de forma que se veja claramente — marca essa que faz os homens olharem admirados e exclamarem em uníssono: “Isso é obra do Deus todo-poderoso”. É disso que nos fala o Novo Testamento; é disso e nada mais nem nada menos que isso.
O tipo de experiência cristã do Novo Testamento é o de uma total dedicação à pessoa de Jesus Cristo como pessoa real. Todos os outros tipos da chamada “experiência cristã” são desvinculados da pessoa de Jesus Cristo. Neles não é preciso ser verdadeiramente regenerado, nascer de novo para entrar no reino no qual Cristo vive de fato; neles há apenas a ideia de que ele é o nosso modelo que concretiza. No Novo Testamento, Jesus Cristo é Salvador muito antes de ser o modelo a seguir. Hoje, ele está a ser vergonhosamente divulgado como personagem eminente de uma religião, um mero exemplo para os homens. Ele é isso, mas é infinitamente mais; ele é a própria salvação, ele é o evangelho do Deus vivo.
Jesus disse: “Quando vier, porém, o Espírito da verdade… ele me glorificará”, João 16:13,14. Quando me comprometo com essa revelação como ela é feita no Novo Testamento, recebo de Deus o dom do Espírito Santo, que começa a interpretar em mim e para mim, tudo quanto Jesus fez e faz em mim, operando no meu interior tudo que ele realizou por mim na cruz para realizar agora em mim também.