Sumário:
A parábola do semeador; A explicação da parábola; A parábola da candeia; A parábola da semente; A parábola do grão de mostarda; Por que Jesus falou por parábolas; Jesus acalma uma tempestade; A cura do endemoninhado geraseno; Os gerasenos rejeitam a Jesus; O pedido de Jairo; A cura de uma mulher enferma; A ressurreição da filha de Jairo
CAPÍTULO 4
1 Jesus] começou outra vez a ensinar junto ao mar, e uma grande multidão se ajuntou a ele, de maneira que ele entrou num barco e ficou sentado no mar; e toda a multidão estava em terra junto ao mar.
2 E ensinava-lhes muitas coisas por parábolas; e dizia-lhes em seu ensinamento:
3 Ouvi: eis que o semeador saiu a semear;
4 E aconteceu que, enquanto semeava, uma [parte das sementes] caiu junto ao caminho, e os pássaros do céu vieram, e a comeram.
|fn: RP, N4 omitem “do céu”
5 E outra caiu em pedregulhos, onde não havia muita terra; e logo nasceu, porque não tinha terra profunda.
6 Mas, quando saiu o sol, queimou-se; e porque não tinha raiz, secou-se.
7 E outra caiu entre espinhos; e os espinhos cresceram e a sufocaram, e não deu fruto.
8 Mas outra caiu em boa terra, e deu fruto, que subiu, e cresceu; e um deu trinta, outro sessenta, e outro cem.
9 E disse-lhes : Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
|fn: RP, N4 omitem “lhes”
10 E quando [Jesus] esteve só, os que estavam junto dele, com os doze, perguntaram-lhe acerca da parábola .
|fn: N4: das parábolas
11 E respondeu-lhes: A vós é concedido saber o mistério do Reino de Deus; mas aos que são de fora, todas estas coisas se fazem por meio de parábolas;
|fn: N4 omite “saber”
12 para que vendo, vejam, e não percebam; e ouvindo, ouçam, e não entendam; para não haver de se converterem, e lhes sejam perdoados os pecados . Isaías 6:9-10
|fn: N4 omite “os pecados”
13 E disse-lhes: Não sabeis o significado desta parábola? Como, pois, entendereis todas as parábolas?
14 O semeador semeia a palavra.
15 E estes são os de junto ao caminho: nos quais a palavra é semeada; mas depois de a ouvirem, Satanás logo vem, e tira a palavra que foi semeada nos seus corações .
|fn: N4: semeada neles
16 E, semelhantemente, estes são os que se semeiam em pedregulhos: os que havendo ouvido a palavra, logo a recebem com alegria.
17 Mas não têm raiz em si mesmos; em vez disso, são temporários. Depois, quando se levanta a tribulação ou aperseguição por causa da palavra, logo caem.
18 E estes são os que se semeiam entre espinhos: os que ouvem a palavra;
|fn: N4: outros
19 mas as preocupações deste mundo, a sedução das riquezas, e as cobiças por outras coisas, entram, sufocam a palavra, e ela fica sem gerar fruto.
|fn: N4: do
20 E estes são os que foram semeados em boa terra: os que ouvem a palavra, recebem-na, e dão fruto, um trinta, e outro sessenta, e outro cem.
21 E ele lhes disse: Por acaso a lâmpada vem a ser posta debaixo de uma caixa ou sob da cama? Não deve ela ser posta na luminária?
22 Pois não há nada encoberto que não haja de ser revelado; e nada se faz [para ficar] encoberto, mas sim, para ser vir à luz.
23 Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça.
24 E disse-lhes: Prestai atenção ao que ouvis: com a medida que medirdes a vós mesmos se medirá, e será acrescentado a vós que ouvis .
|fn: N4 omite “que ouvis”
25 Pois ao que tem, lhe será dado; e ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.
26 E dizia: Assim é o Reino de Deus, como se um homem lançasse semente na terra;
27 e dormisse, e se levantasse, de noite e de dia, e a semente brotasse, e crescesse, sem que ele saiba como.
28 Pois a terra de si mesma frutifica, primeiro a erva, depois a espiga, depois o grão cheio na espiga.
|fn: N4 omite “Pois”
29 E quando o fruto se mostra pronto, logo mete a foice, pois a colheita chegou.
30 E dizia: A que assemelharemos o Reino de Deus? Ou com que parábola o compararemos?
31 Com um grão da mostarda que, quando semeado na terra, é a menor de todas as sementes na terra.
32 Mas, depois de semeado, cresce, e se torna a maior de todas as hortaliças, e cria grandes ramos, de maneira que os pássaros do céu podem fazer ninhos sob a sua sombra.
33 E com muitas parábolas como essas [Jesus [lhes falava a palavra, conforme o que podiam ouvir.
34 E não lhes falava sem parábola; mas aos seus discípulos explicava tudo em particular.
35 Naquele dia, chegando o entardecer, disse-lhes: Passemos para o outro lado.
36 Então despediram a multidão, e o levaram consigo assim como estava no barco; mas havia também outros barquinhos com ele.
|fn: N4: barcos
37 E levantou-se uma grande tempestade de vento; as ondas atingiam por cima do barco, de maneira que já se enchia.
38 Jesus] estava na popa dormindo sobre uma almofada. Então despertaram-no, e disseram-lhe: Mestre, não te importas que pereçamos?
39 Então ele se levantou, repreendeu o vento, e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te! E o vento se aquietou, e fez-se grande bonança.
40 E perguntou-lhes: Por que sois tão covardes? Como não tendes fé?
41 E ficaram muito atemorizados, e diziam uns aos outros: Quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem?
CAPÍTULO 5
1 E chegaram ao outro lado do mar, à terra dos Gadarenos.
|fn: N4: Gerasenos
2 Assim que [Jesus] saiu do barco, veio das sepulturas ao seu encontro um homem com um espírito imundo,
3 que morava nas sepulturas, e nem mesmo com correntes conseguiam prendê-lo;
|fn: N4 acrescenta “mais”
4 pois muitas vezes fora preso com grilhões e correntes; mas as correntes eram por ele feitas em pedaços, os grilhões eram esmigalhados, e ninguém o conseguia controlar.
5 E sempre dia e noite andava gritando pelos montes e pelas sepulturas, e ferindo-se com pedras.
|fn: N4: pelas sepulturas e pelos montes
6 Quando ele viu Jesus de longe, correu e prostrou-se diante dele.
7 E gritou em alta voz: Que tenho eu contigo Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Imploro-te por Deus que não me atormentes.
8 (Pois [Jesus] havia lhe dito: “Sai deste homem, espírito imundo”.)
9 Então perguntou-lhe: Qual é o teu nome? E respondeu: Legião é o meu nome, porque somos muitos.
10 E rogava-lhe muito que não os expulsasse daquela terra.
11 Havia ali perto dos montes uma grande manada de porcos pastando.
|fn: RP,N4: do monte
12 E todos [aqueles] demônios rogaram-lhe, dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles.
13 Imediatamente Jesus lhes permitiu. Então aqueles espíritos imundos saíram para entrar nos porcos; e a manada lançou-se abaixo no mar; (eram quase dois mil) e afogaram-se no mar.
|fn: N4 omite “Imediatamente Jesus”
14 Os que apascentavam os porcos fugiram, e avisaram na cidade e nos campos; e pessoas] foram ver o que havia acontecido.
|fn: N4 omite “os porcos”
15 Então aproximaram-se de Jesus, e viram o endemoninhado sentado, vestido, e em sã consciência o que tivera a legião; e ficaram apavorados.
16 E os que haviam visto contaram-lhes o que acontecera ao endemoninhado, e sobre os porcos.
17 Então começaram a rogar-lhe que saísse do território deles.
18 Quando [Jesus] entrava no barco, o que fora endemoninhado rogou-lhe que estivesse com ele.
19 Jesus se recusou, porém lhe disse: Vai para a tua casa, aos teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor fez contigo, e [como] teve misericórdia de ti.
20 Então ele foi embora, e começou a anunciar em Decápolis quão grandes coisas Jesus havia feito com ele; e todos se admiravam.
21 Depois de Jesus passar outra vez num barco para o outro lado, uma grande multidão se ajuntou a ele; e ele ficou junto ao mar.
22 E eis que veio um dos líderes de sinagoga, por nome Jairo; e quando o viu, prostrou-se aos seus pés.
|fn: N4 omite “eis que”
23 E implorava-lhe muito, dizendo: Minha filhinha está a ponto de morrer. [Rogo-te] que venhas pôr as mãos sobre ela, para que seja curada, e viva.
24 Jesus] foi com ele. Uma grande multidão o seguia, e o apertavam.
25 E havia uma certa mulher, que tinha um fluxo de sangue havia doze anos,
|fn: N4 omite “certa”
26 que tinha sofrido muito por meio de muitos médicos, e gastado tudo quanto possuía, e nada havia lhe dado bom resultado; ao invés disso, piorava.
27 Quando ela ouviu falar de Jesus, veio entre a multidão por detrás, e tocou a roupa dele.
28 Pois dizia: Se tão somente tocar as suas roupas, serei curada.
29 E imediatamente a fonte do seu sangue parou se secou; e sentiu no corpo que já havia sido curada daquele flagelo.
30 Jesus logo notou em si o poder que dele havia saído. Então virou-se na multidão, e perguntou: Quem tocou as minhas roupas?
31 E seus discípulos lhe disseram: Eis que a multidão te aperta, e perguntas: Quem me tocou?
32 E ele olhava em redor, para ver quem havia lhe feito isso.
33 Então a mulher temendo, e tremendo, sabendo o que havia sido feito em si, veio, prostrou-se diante dele, e disse-lhe toda a verdade.
|fn: N4: “lhe havia sido feito”
34 E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz, e estejas curada deste teu flagelo.
35 Estando ele ainda falando, alguns vieram [da casa] do líder de sinagoga, e disseram: A tua filha já morreu; por que ainda estás incomodando o Mestre?
36 Mas Jesus, assim que ouviu essa palavra que havia sido falada, disse ao líder de sinagoga: Não temas; crê somente.
|fn: N4: “não dando atenção a essa palavra”
37 E não permitiu que ninguém o seguisse, a não ser Pedro, Tiago, e João irmão de Tiago.
38 Ele chegou à casa do líder de sinagoga, e viu o alvoroço, os que choravam muito e pranteavam.
|fn: N4: Eles chegaram
39 E ao entrar, disse-lhes: Por que fazeis alvoroço e chorais? A menina não morreu, mas está dormindo.
40 E riram dele. Porém ele, depois de pôr todos fora, tomou consigo o pai e a mãe da menina, e os que estavam com ele. Em seguida, entrou onde a menina estava deitada.
|fn: N4 omite “deitada”
41 Ele pegou a mão da menina, e lhe disse: “Talita cumi”, (que significa: “Menina, eu te digo, levanta-te”).
42 E logo a menina se levantou e andou, pois já tinha doze anos de idade. E ficaram grandemente espantados.
|fn: N4: logo ficaram
43 E mandou-lhes muito que ninguém o soubesse; e mandou que dessem a ela de comer.